quinta-feira, 20 de março de 2008

Resgate da Sanidade Mental

Tem dias em que eu acordo pirada. Não sei se são os hormônios, se é a minha DDA, se é TPM, enfim. Completamentamente fora de ponto.

Tudo parece mais difícil. As horas passam mais rápidas quando eu preciso que corram lentamente. A comida atrasa, a arrumação da casa parece que não termina, fica tudo fora do lugar, criança enrola prá tomar banho, almoçar,etc.

Nesses dias, tudo o que eu queria era um colo, um cafuné e muitos abraços e beijos.

Mulher é bicho esquisito, bem disse a Rita. E os homens, bem, tem horas em que são muito tolos.

Acham que a gente cria caso à toa, que reclamamos de tudo, que somos insatisfeitas natas.

Será?

O que acontece, na minha opinião, é o seguinte: não somo objetivas como eles. Esse quadro de loucura momentânea é simplesmente nossa maneira torta de dizer:

- Socorro! Preciso que alguém me diga que sou importante, que valho a pena, que sou linda, que tudo o que eu faço é importante, que sou necessária, que continuo sendo a mesma pessoa pela qual foi atraído no começo, por mais que eu tenha engordado, cortado ou pintado o cabelo.

Mulher é bicho esquisito. Precisa de complemento, de parceria, de cumplicidade. De abraços, toques, beijos surpresa, afagos inesperados.

A gente quer que nos dêem a mão pra atravessar a rua. Que coloquem o braaço na frente da gente quando dão uma freiada com o carro.

Que fiquem preocupados com o nosso bem estar e segurança.

Mulher guerreira precisa de colo. Por que a cada dia que passa matamos um leão prá ficarmos por cima da situação: profissionais seguras e eficientes, mães presentes, esposas exemplares.

Mas, ao final do dia, todas queremos voltar prá casa sabendo que tem um colo e um ombro onde a gente possa descansar a cabeça e voltar a ser a adolescente sonhadora que construía castelos para o princípe conquistar.

E é tão simples nos agradar: basta saber que estamos sempre certas, mesmo estando erradas.

E dessa forma, ao invés de reclamar da louça em cima da pia, faça um carinho no nosso ego e lave a dita cuja. Depois, chegue pra gente e diga: achei que você estava cansada, lavei a louça e fiz um chá prá você. Vamos ficar eternamente gratas e a partir daí a louça só vai ficar na pia quando estivermos precisando de um afago.

Hoje estou poeta. Acho que é a lua.