terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

PALAVRAS... O que penso ao usar ou uso por sentir


Ou, “PEQUENO DICIONÁRIO DAS COISAS QUE REALMENTE IMPORTAM”


Querer.
Sempre, seja alguma coisa, algo ou alguém.

Modo de querer.
O meu. Ou eu consigo o que eu quero, do meu modo, ou então, é melhor não conseguir.
Meio-termo entre o que eu quero e como eu quero não existem: ou é como eu quero ou não é de modo algum.

O que é melhor.
Tudo aquilo que, a princípio, faz sofrer.

Mudanças.
O modo de agir, que varia de acordo com as estações, que mudam mas que fazem com que nada mude.

Revolução.
Mal necessário para acabar com possíveis tiranias mentais. Só dá certo quando a pessoa está disposta a mudar.

Tortura.
Ficar adiando uma decisão e não enfrentar um obstáculo.

Felicidade.
Poder acreditar que ela existe, em algum lugar, em todos os momentos.

Morte.
O último sonho, que dá origem a todos os outros.

Stand by me.
It's all that I need when I'm feeling down and sad.

Segurança.
Estado natural de quem está em paz consigo mesmo, e que vem de dentro, independendo do resto do mundo.

Independência.
Liberdade para poder dizer "eu vou... comprar, fazer, acontecer...", sem ter que pedir permissão a quem quer que seja.

Papel e caneta.
Meus companheiros... inseparáveis.


Café.
O que tem na minha garrafa térmica, em cima da escrivaninha.

Carta.
Testemunho de que alguém roubou um pouco do seu tempo para pensar em outro alguém. Adoro.

Balança.
Minha eterna adversária.

Comida.
O melhor meio de afogar a ansiedade. Aliada da balança.

Visita.
Um ser que pode se tornar altamente inconveniente.

Sorvete.
Uma de minhas "perdições" preferidas, preferencialmente se for de chocolate ou de passas-ao-rum.

Fazer acontecer.
Não é tão difícil. Basta silenciar o resto do mundo e escutar a voz que vem de dentro.
Claro que a vida não se resume em desejos carnais realizados. Existem outros planos a serem considerados, conquistados. O ser humano precisa de dignidade e auto-estima para ser. E isso, só com sacrifícios, grandes e pequenos.
Mas, determinadas fases da vida ficam sendo repetidas, por erros de escolha. Problemas que voltam exigem uma solução drástica para que as novidades possam ter lugar.
Um problema contornado ou posto de lado, ou simplesmente evitado, atrasa a evolução do indivíduo. É preciso enfrentá-lo e vencê-lo, custe o que custar, o tempo que for. Mas, lutar é preciso. Mesmo que a próxima pergunta seja "E depois?".

As guerras interiores.
Servem para duas coisas: levar-nos à loucura e, ao mesmo tempo, pôr a descoberto a nossa força interior, capaz de proteger nossa sanidade.

Quimeras.
Tudo aquilo que pode servir de obstáculo à busca da felicidade. São boas pros que não esperam muito da vida: basta pensar em começar a desenhar alguma coisa e uma quimera qualquer desanima.
As quimeras andam de mãos dadas com o medo.

Impertinência.
Levar os outros à loucura por causa de quimeras.

Cisma
Mistura de coragem e teimosia, devidamente desequilibradas.

Teimosia.
Vontade de começar a ser forte, ignorando as quimeras.

Paixão.
Sem definição, ou apenas igual ao ar, sem ele, não dá prá viver...

Cachaça.
Uma das coisas que me dão medo de acabar sendo. Também é uma das tristezas dos "Relacionamentos (sic) Profundos".

Amizade Erótica.
O equilíbrio entre o amigo e o amante. Ponto em que o amor é quase perfeito.
A amizade anula o desejo de posse ciumenta, rivalidade e outras "quimeras" que contribuem para que os relacionamentos se tornem a causa de uma cirrose hepática.

Sonhos.
Tudo aquilo que eu quero realizar, de uma maneira ou de outra.

Refúgio.
Lugar em que nos trancamos para repensar atitudes e "agoras". O meu tem uma janela com o nascer do sol anunciando (sempre) mais um dia de luta e beleza.

Rompimentos.
Nunca dão certo.

Ternura.
Um algo quente que me faz sorrir e ficar equilibrada no meio do muro.

Mentira.
Quando a verdade não funciona e precisa ser inventada.

Mudar de Opinião.
Vontade de mudar, por causa do tédio, antes mesmo de ter começado.

Conselhos.
Não faz mal nenhum escutá-los; alguns até podem ser aproveitados.

Novidade.
Tudo o que eu "nunca" antes.

Surpresa.
Quando alguém me diz uma coisa que eu já sabia e que gostaria que alguém soubesse também.

Obstáculos.
O que me faz parar para pensar. Tudo que eu tenho tentado ultrapassar. Pode
ser uma situação que vive se repetindo, um algo indefinido, o sabor do "quero-mais" sem poder, o momento de escolher um caminho.

Decisões.
Resultado da coragem. É o que eu ainda não me acostumei a tomar.

Crescimento.
O que eu preciso para poder seguir em frente buscando o meu destino e permitindo que o meu futuro aconteça.

Adeus.
Palavra usada pelos fortes nos momentos de decisão.

Tempo perdido.
Aquela música do "Legião", a primeira que fala de olhos castanhos. Eu amo a letra: é tudo o que tem que ser.

Noite.
É quando os fantasmas querem ter liberdade para me atazanar. É quando eu me dou conta da solidão.

Dia.
Santo remédio pras minhas insônias. Serve de exorcista e me incentiva a buscar outras coisas.

Lua.
Agente desestabilizador. Minha razão e coerência somem, dando lugar a minha
sensualidade acumulada e minha agressividade reprimida. É quando faço tudo o que não teria coragem, se pensasse duas vezes.

Competência.
Ter o caderno de telefones só com nomes (e números) de rapazes.

Adulação.
Moeda de troca para receber a mesada, todo dia.

Ele.
Um alguém especial...
Eu.
Eu, ora bolas.
Nós.
Amigos... (?!).

Choro.
Mudo apelo pela impotência do gesto.

Bom humor.
Algo que vem nas horas mais estranhas.

Tesão.
Algo que vem nas horas impróprias, geralmente com a pessoa errada (indisponível).

Frisson.
Uma palavra mais bonita que tesão - e que não quer dizer absolutamente nada, apesar de ser uma sensação agradável de ser lembrada (sentida).

Vontade.
Cedo ou tarde eu acabo realizando, todas.

Amor.
Ciranda de sentimentos que não são compreendidos de imediato. É tudo, ao mesmo tempo em que pode virar pó.

Casamento.
Um bom negócio, se feito com separação de bens. Do contrário, é idealismo às avessas.

Divórcio.
A vontade de começar de novo. Precisa coragem e força.

Adultério.
Depende do ponto de vista.

Vertigem.
O que sempre sinto antes de tomar uma decisão. Na fração de momento entre a coragem e a indecisão eu vacilo, com vertigem. É a súbita vontade de cair no abismo, com a sensação do nada absoluto. É o que existe entre os caminhos à beira do abismo.

Sorriso.
Bom para desopilar o fígado, evitar rugas, úlceras nervosas etc. Santo remédio, além de servir como cartão de visitas e prova de paz interior. Sempre que estou no muro procuro sorrir: fico mais bonita e menos triste.

Orgulho.
A necessidade de não ter que dar o primeiro passo.

Música.
Canal direto, condutor de mensagens e sentimentos.
Todas as músicas são belas pois são o fruto, transformado na alma do compositor, de idéia em semente. Método bastante usado para conquistar e abrir os olhos (do coração, da mente), pois cada mensagem é interpretada de mil maneiras, ao ser tocada por mil pessoas. E cada acorde é um toque que a alma recebe, multiplicado por mil.

Amizade.
Sentimento que pode ser confundido com amor.

Delírio.
O momento ideal para se dizer tudo o que está represado. A coragem pinta sutilmente e fica disfarçada: pode-se dizer tudo sem ter medo de represálias pelos absurdos. Geralmente eu deliro nas noites de lua.

Vergonha.
Magoar alguém, sabendo.

Arrependimento.
Por tudo o que eu deixei de fazer por medo, covardia, quimeras e obstáculos.
Só me arrependo de não ter delirado antes.

Encontro às cegas.
Situação constrangedora para todo mundo.

Saudade.
A vontade de chorar, misturada com ternura, quando olhamos, escutamos, cheiramos e lembramos de um alguém ou algo. É uma onda de emoção, meio doída, porém necessária.

Mau humor.
O que sinto quando algo não vai como deveria.

Saturação.
A presença constante de alguém ou uma situação repetitiva.

Fidelidade.
É a pessoa ser fiel a si própria.

Nervoso.
Começa no estômago e vai-se espalhando. Começo a tremer e a sentir vontade de me esconder debaixo da cama ou então de fugir.

Levar na cabeça.
É o mesmo que me passarem uma rasteira e eu cair. No caso, eu caio de quatro por já estar esperando.

Rasteira.
Quando eu caio sentada. É quando eu não espero.

O medo.
Eu não tenho planos futuros. Quero ter o agora por completo, repleto de emoções, belezas tiradas de frases, momentos pequenos, porém eternos. Omedo é o oposto do que sinto.

A dúvida.
Cada vez que eu acordo de manhã tenho dúvidas. Durante o dia vou acabando com elas, uma por uma.

Os tabus.
Não há meio de compreender a vida e aproveitar o momento agora, se não houver coragem para quebrar tabus. Ter coragem no agora é dar um passo em direção ao amanhã, que será um outro dia, melhor e mais perfeito.

A leveza.
É estar ciente do que pode acontecer e, mesmo assim, fazer a vida acontecer.
É a tranqüilidade para aceitar os sentimentos do mundo e a serenidade para enfrentar o mau humor de terceiros com um sorriso que transmite a paz interior.

A indecisão.
Cruel incerteza que vai minando os alicerces de um caráter dito forte.

A volúpia.
Desejo de amar (e de ser amado) disfarçado. É o não saber dizer com todas as letras.

Covardia.
É o medo de tentar novos caminhos. Tudo parece complicado quando, na verdade, esse tudo acaba virando nada e a vida passou, com todos os momentos agora perdidos no ontem.

O feitiço da lua.
A vontade de saber se vai ficar com gosto de café amargo ou de "quero-mais".
É a liberdade pra subir em cima do muro, deixando no chão as correntes chamadas "tabus".

Ofensa.
É o permanecer estático. O não dizer algo por medo de ofender talvez seja a pior ofensa. É o mesmo que duvidar da capacidade de compreensão que existe numa amizade.

As sementes.
Quando lançadas em terreno purificado das fofocas, após a inundação (a força que derrubou a represa ou o "muro-dos-tabus"), as sementes crescem belas.

Pessoa especial.
A que não é vista sob uma definição. É aquela que apenas é, sem precisar de palavras para dizer o quê.

Verdade.
Sempre dói. O pior é que é a única dor da qual não se escapa: ela fica na consciência e pesa.

Tristeza.
Saber que alguns acabam virando a cachaça de outros.

Paz interior.
Conviver com os sentimentos, por mais complexos e absurdos que sejam. É ter jogo de cintura para apostar tudo, de todas as formas.

Amadurecimento.
O espanto de saber que a "loucura" é recíproca. É ter vontade de parar o tempo pra poder acreditar que sonhos acontecem e vice-versa. É bom admitir a própria ignorância (o não saber), sem ter medo. O não saber gera a vontadeda busca, que nos leva ao saber, ao descobrimento e ao desmatamento de novos caminhos.

Coragem.
É ter o sentimento do mundo nas mãos e suportar tudo o que ele pode trazer. É a mania de ser curiosa e sentir que sempre existe um algo mais para ser descoberto. É admitir o sabor do "quero-mais" e não ter medo de engordar.

Aproveitar e realizar.
Fazer acontecer o agora tendo fé no amanhã.
Em suma: ter coragem é admitir que se é fraco e ir à luta, buscando a força e a vitória.

Relacionamentos profundos.
Alguns acabam virando cachaça, outros, champagne francês.